Teoria, História e Crítica
A área de concentração Teoria, História e Crítica realiza pesquisas em torno dos processos históricos de concepção, transformação e reflexão sobre arte, arquitetura e cidade. A formação nessa área transita desde os fundamentos epistemológicos e sociais da cultura material até a articulação crítica do pensamento sobre o patrimônio cultural, passando pelo estudo empírico e documental, com metodologias diversas e enfoque interdisciplinar. Acolhe recortes espaço-temporais diversos, com ênfase na região de Brasília em perspectiva diacrônica.
- Coordenador
- Prof. Dr. Pedro Paulo Palazzo
- Prof.a Dr.a Maria Fernanda Derntl
20 de Maio de 2021
Processos históricos e as bases teóricas de produção, transformação e gestão das cidades e do espaço urbano, nas suas múltiplas escalas e temporalidades, afirmando a cidade e o urbano como objetos de interesse multidisciplinar. Formação, configuração e transformação do espaço urbano; história e historiografia, crítica da cidade e do urbanismo, transformação; saberes e instituições no campo disciplinar do Urbanismo e gestão das cidades e do espaço urbano.
Projeto de Pesquisa: Capital e periferia
Descrição: Esta pesquisa analisa dinâmicas de urbanização e formação do território da metrópole brasiliense considerando as interações conflituosas entre planos urbanos, políticas regionais e a atuação de agentes diversos envolvidos na produção e apropriação daqueles espaços. Considera-se que a relação centro-periferia é chave interpretativa fundamental para análise da formação de nossas cidades, no entanto, cabe indagar sobre limites e potencialidades dessa categoria analítica. Esse será um foco comum das investigações a serem desenvolvidas nesta pesquisa a respeito da formação urbana e territorial de Brasília. Os recortes espaço-temporais abarcados pela pesquisa serão variados, buscando-se o cruzamento de fontes de naturezas também diversas, num diálogo teórico e metodológico com outras áreas do conhecimento. A intenção é enfatizar não apenas a dimensão urbanística de produção dos espaços, mas também os modos pelos quais práticas e representações sociais contribuem para moldá-los e atribuem-lhes específicos significados. O projeto de pesquisa envolve indagar sobre a circulação internacional de ideias em planejamento urbano e regional e sobre o modo como dinâmicas centro-periferia se configuraram em outras capitais, sobretudo aquelas criadas ex-novo. O projeto está também vinculado ao grupo de pesquisa Dimensões da vida urbana (DAN-UnB, CNPq) e ao PPG-HIS-UnB.
Integrantes: Maria Fernanda Derntl (coordenadora). Integrantes atuais: Daniela Barbosa / Isabelle Almeida / Renata Almendra.
Financiador(es): FAP-DF, DPI-UnB, Capes e CNPq. Em 2018 foi contemplado com bolsa produtividade do CNPq – nível 2
Projeto de Pesquisa: Cotidianos Escolares e Dinâmicas Metropolitanas da capital do Brasil
Descrição: Entre as metrópoles brasileiras, a configuração e as dinâmicas socioespaciais tornam Brasília um caso singular. Apesar de planejada para superar a segregação, o abismo social e geográfico na cidade é extremamente profundo. Objetiva-se, no entanto, mais do que apontar causas para a opressão na capital, observar e compreender fluxos e trânsitos constituintes da metrópole, partindo do pressuposto de que as cidades fazem as pessoas e as pessoas fazem as cidades. Para isso, entendemos que partir dos espaços escolares pode ser analiticamente relevante. Perpassada cotidianamente por professores, crianças, adolescentes, pais, mães, avós e tios, a escola é exemplo concreto dos processos de construção da cidade enquanto lugar para viver. Nesses espaços, tanto a cidade é produzida como as dinâmicas da cidade ensejam experiências e encontros particulares. Tomando como base uma escola localizada na Guariroba, Ceilândia, e outra na Asa Sul, no Plano Piloto, buscamos compreender de forma renovada e multidisciplinar a formação metropolitana da capital. Palavras-chave: História urbana, Metrópole, Brasília, Ceilândia, Patrimônio, Cotidiano escolar.
Integrantes: Elane Ribeiro Peixoto (Coordenadora) / Adriana Mara Vaz de Oliveira - Integrante / Maria Fernanda Derntl - Integrante / Antonádia Monteiro Borges - Integrante / Cristina Patriota de Moura - Integrante / Alexandre Jackson Chan Vianna - Integrante / Alana Waldvogel - Integrante / Julia Mazzutti Bastian Solé - Integrante.
Projeto de Pesquisa: Biopolíticas do Urbanismo
Descrição: Reunimos experiências em metrópoles brasileiras associadas à práticas urbanísticas como parte de açoes biopolíticas, isto é, que procura estabelecer controle sobre a vida de diferentes populações - sobretudo grupos vulneráveis - em dimensões concretas e simbólicas. Reflete-se sobre as políticas urbanas que implicam a distribuição de pessoas no espaço e das formas de separação e exclusão. Nesse cenário, aspectos étnico-raciais ? interseccionados à outras expressões minoritárias ? adquirem suma importância. Dentre os temas pertinentes à esta investigação ressalta-se: o campo teórico-intelectual a respeito das relações raciais no espaço urbano; aspectos históricos da segregação etnico-racial no espaço urbano no Brasil; relações raciais e espaços urbanos; racismo e gênero e suas implicações nas dinâmicas de sociabilidade, cultura negra e suas formas de coletivização e (re)existências; cidade e ativismo.
Integrantes: Carlos Henrique Magalhães de Lima (Coordenador) / Andressa Melo - Integrante / Raquel Araújo Freire - Integrante / Muhhamad Braga Bazila - Integrante / Áureo Rosa - Integrante.
Projeto de Pesquisa: Brasília, Paisagem e Projeto: Revisitando as novas capitais modernas do século XX
Descrição: Esta pesquisa propõe explorar como estes princípios de projeto e planejamento são preparados para as complexidades territoriais imanentes que podem ajudar a moldar, dirigir e preparar para a cidade contemporânea do século XXI. O estudo é um desdobramento da pesquisa em andamento ?Landscapes of Power: Reconsidering the Landscape Urbanism of Twentieth Century Capital Cities? pelo grupo de pesquisa ?Paisagem, Projeto e Planejamento - Labeurbe? (CNPq/UnB) em parceria com laboratório Office for Urbanization (OFU) da Harvard Graduate School of Design Cambridge, EUA. Esse foco combinado, reunindo teoria, planejamento e metodologia de projeto e de ensino, criará oportunidades imprescindíveis para melhorar as disciplinas de projeto de urbanismo, por meio de mapeamento e modelagem, projeções e protótipos, bem como por meio de entendimentos mais abrangentes em planejamento urbano. Ao fazê-lo, estes estudos relacionados à teoria de espaço urbano, metodologia de projeto e de ensino podem futuramente discutir os instrumentos de planejamento de políticas públicas territoriais para alcançar a equidade social, valores democráticos e um futuro ecologicamente sustentável.
Integrantes: Luciana Saboia Fonseca Cruz (Coordenadora) / Rogério Rezende - Integrante / Liz da Costa Sandoval - Integrante / Lucas Abreu - Integrante / Paola Ferrari - Integrante / Lucas Brasil - Integrante / Celma do Carmo de Souza Pinto - Integrante / Tadeu de Brito - Integrante / Marcello Soares - Integrante / Arthur Gomes - Integrante / Muniky Almeida Rocha - Integrante / Isadora de Almeida Furtado - Integrante / Cecília Gomes de Sá - Integrante / Júlia Lopes Soares - Integrante.
Financiador(es): Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - Bolsa.
Projeto de Pesquisa: Cidades Novas, Pensar por Atlas
Descrição: Ao considerar um projeto de longo prazo, pretende-se com a presente pesquisa dar sequência à elaboração do Atlas sobre a tipologia urbana Cidades Novas (CNs), tendo como referência o Brasil republicano (1889-2009). Em paralelo, como contribuição ao repertório metodológico e operacional dos dados coletados, busca-se dedicar nesse estágio atenção a estudos sobre o pensar por Atlas. Para a atividade em curso, procura-se levantar, sistematizar e catalogar o maior número de informações relativas a cada exemplar identificado (dados biográficos) e revelar projetos urbanísticos empregados, associando-os às teorias em voga no período fulcral, armazenando cada exemplar em fichas próprias e divulgando-os como exemplares na página virtual Atlas de Cidades Novas (em elaboração) e como verbetes do projeto "Cronologia do Pensamento Urbanístico". Para a construção do aporte metodológico, buscar-se-á um estudo minucioso sobre o objeto Atlas, suas definições, atribuições, modelos e produções, atentando-se para o trabalho Atlas Mnemosyne, ou Bilderatlas, ou atlas de imagens, do filósofo e historiador alemão Abraham Moritz Warburg (1866-1929), e das interpretações a respeito feitas por Georges Didi-Huberman. Práxis sucessiva na história do urbanismo, a tipologia Cidade Nova ? composta por núcleos urbanos intencionalmente criados ? pode ser rastreada na longa duração como campo de leitura e interpretação de pensamentos, discursos e representações de cidades materializadas no espaço e no tempo, como casos de continuidade, ruptura ou excepcionalidade e em conjunturas político-econômico-sócio-culturais diversas. A depender da porta de entrada escolhida, tramam-se distintas urdiduras e tessituras, definem-se procedimentos e métodos específicos, revisitam-se e revisam-se certezas e narrativas conclusivas. Pela função dominante original (administrativa, empresarial, balneária, colonizadora, de relocação, satélite, de expansão); pelas personagens envolvidas (empreendedores, planejadores, projetistas, construtores, habitantes); pelos atributos físicos assumidos (sítio, projetos urbano e arquitetônico, paisagem, zoneamento); pelo contexto histórico (aspectos político-econômico-social); cada investigação sobre Cidades Novas direciona seu lineamento e estabelece suas aproximações e, por conseguinte, suas distinções. Ao delimitar o Brasil republicano como período fulcral, tendo Belo Horizonte como marco urbanístico principiante, a atual pesquisa intenta cartografar e historiografar os mais de duzentos e sessenta exemplares brasileiros já identificados nos últimos 120 anos. A partir dessa constelação, as mais distintas ?nebulosas? podem ser captadas, registradas, arranjadas e decifradas sob a forma de um Atlas. Atlas a ser melhor compreendido e conceituado em sua concepção, não como um objeto-produto mas como um instrumento de leitura.
Integrantes: Ricardo Trevisan (Coordenador) / Pedro Henrique Máximo Pereira - Integrante / Carolina Guida Teixeira - Integrante / Lucas Felício Costa - Integrante / Isadora Banducci Amizo - Integrante / Camila Lima Abrão - Integrante / Talita Rocha Reis - Integrante / Rubiana Cardoso Campos Lemos - Integrante / Larissa Alves Lacerda - Integrante / Átila Rezende Fialho - Integrante / Letícia Moura Pessoa - Integrante / Lorena Pinheiro de Farias - Integrante / Simone Buiate Brandão - Integrante / Richardson Thomas da Silva Moraes - Integrante.
Financiador(es): Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - Auxílio financeiro / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - Bolsa / Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos - Auxílio financeiro / Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAU-UnB - Outra / Universidade de Brasília - Auxílio financeiro / Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal - Auxílio financeiro.
Projeto de Pesquisa: Empresas urbanizadoras na produção de cidades brasileiras no século XX
Descrição: A pesquisa tem como objetivo geral contribuir com a historiografia do urbanismo no Brasil buscando identificar, mapear e contextualizar empresas urbanizadoras que atuaram no Brasil no século XX. Os objetivos específicos são: 1) problematizar qual foi o papel das empresas urbanizadoras na produção da cidade brasileira no recorte temporal da pesquisa; 2) compreender como elas operaram, quais foram suas práticas, estratégias e articulações para desenvolver e materializar projetos urbanísticos; 3) debater o papel do Estado em relação à urbanização privada, compreendendo articulações entre a criação e expansão de cidades na hinterlândia brasileira, políticas nacionais e regionais de desenvolvimento, considerando seus contextos político-econômicos.
Integrantes: Carolina Pescatori Candido da Silva (Coordenadora) / Lucas Gabriel Corrêa Vargas - Integrante / Karolyne Cristina Godoy Cordeiro - Integrante / Laura Esther Mágero Dourado - Integrante / João Victor Cardoso Marques Daquila - Integrante / Yan Chermonte Alves Santana - Integrante.
Financiador(es): Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - Bolsa / Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos - Auxílio financeiro.
Projeto de Pesquisa: Redes Institucional-profissionais de urbanismo-planejamento e o desenvolvimento municipal interamericano no século XX
Descrição: O eixo central neste projeto de pesquisa é o de historiografar as redes profissionais e institucionais de atuação nas áreas do urbanismo e do planejamento urbano-regional no contexto municipalista interamericano em meio ao grande processo de urbanização e industrialização que caracterizou esse período, sobretudo na América Latina de um modo geral e Brasil particularmente. No âmbito Interamericano, são três as instituições cujas concepções, realizações e redes profissionais ai inseridas e atuantes serão pesquisadas e colocadas em articulação-comparação: a Organización Interamericana de Cooperación Intermunicipal (O.I.C.I.), criada em Cuba na década de 1930, o Centro Interamericana de Vivienda y Planeamiento (CINVA) criado na Colômbia na década de 1950 e a Sociedad Interamericana de Planificación (SIAP) criada em Puerto Rico na década de 1950, todas elas inseridas no debate político e cultural do pan-americanismo. No âmbito brasileiro, o estudo das discussões sobre urbanismo e planejamento urbano no âmbito da Associação Brasileira de Municípios e do Instituto Brasileiro de Administração Municipal, responsáveis por editar Revistas e a organizar, no caso da ABM, os Congressos Nacionais de Municípios Brasileiros a partir de 1950. A pesquisa foi financiada pelo CNPq, mas a pesquisa segue em desenvolvimento e está vinculada ao grupo de Pesquisa Cultura, Arquitetura e Cidade na América Latina (CACAL-USP/CNpQ).
Integrantes: Rodrigo de Faria (Coordenador) / Elisangela de Almeida Chiquito - Integrante / Nilce Aravecchia Botas - Integrante.
Financiador(es): Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - Bolsa.
Projeto de Pesquisa: Urbanismo e Planejamento Urbano-Regional no Brasil: instituições, profissionais e ideias (Séculos XIX e XX)
Descrição: Pesquisa integrante da Rede Urbanismo no Brasil, tem como foco de análise historiográfica/história urbana as ações/instituições do Estado brasileiro no campo do urbanismo e do planejamento no século XX, particularmente no que essas ações estão relacionadas ao desenvolvimento urbano e regional. Na pesquisa trabalhar toda uma conjuntura importante para o desenvolvimento nacional - política, econômica, social, institucional - que não podem ser desconsideradas nos estudos sobre urbanismo e planejamento urbano-regional no Brasil. Abordagem histórico-historiográfica do processo de construção do campo disciplinar do urbanismo brasileiro nos XIX e XX / Planejamento e Urbanização no Brasil. / Suas relações e articulações com o pensamento urbanístico internacional; a circulação das ideias, os profissionais e suas concepções; Sanitarismo, Melhoramentos Urbanos e Infraestrutura; Urbanismo e Planejamento no Brasil pós-1940. O municipalismo e administração municipal, planos diretores e planejamento regional / Estado brasileiro e planejamento para o desenvolvimento nacional em suas articulações urbano-regionais no âmbito das transformações sociais, espaciais, econômicas e políticas durante o século XX no contexto da urbanização, da Industrialização e do desenvolvimento.
Integrantes: Rodrigo de Faria (Coordenador) / Mara Cristina da Silva Leme - Integrante / Patricia Batista Freitag - Integrante / Carolina Pescatori - Integrante / Izadora Laner - Integrante / Elisangela de Almeida Chiquito - Integrante / Gabriel Rezende de Lima Mendes - Integrante / Cecília de Almeida Silva - Integrante / ORLANDO VINICIUS RANGEL NUNES - Integrante / MARCÍLIO DE OLIVEIRA SUDÉRIO - Integrante / Giovane Teodoro de Brito Chaparro - Integrante.
Financiador(es): Universidade de Brasília - Auxílio Financeiro.
Processos históricos e bases teóricas de produção, transformação e apropriação social da arquitetura, das cidades e dos territórios, em suas múltiplas escalas e temporalidades, considerando suas dimensões culturais e seus problemas socioambientais, em estudos inter e multidisciplinares. História, historiografia e crítica da arquitetura e da cidade; saberes, ideias, instituições no campo disciplinar do Urbanismo, do Planejamento urbano-regional; políticas urbanas, territoriais e regionais.
Amanda Idala Dias De Oliveira
Ana Elisa Carnaúba
Ana Luísa Machado Jorge
Byanca Cristina De Sousa Bomtempo
Cecília Almeida
Raquel Teixeira Rodrigues
Mariana Damasceno
Lorena Leonel
Luiza Dias Coelho
Sara Zampronha
28 de Maio de 2021
Resumo:
O projeto de pesquisa está vinculado à área Projeto e Planejamento ? PP e à linha de pesquisa no. 8 Habitação e Projeto Edilício ? HPE, tem por objetivo analisar o projeto de arquitetura e urbanismo, mobiliário, objetos entre outros, de acordo com três variáveis:o método que compreende o processus de elaboração do projeto com as etapas de programação, concepção (ou composição) e desenvolvimento; a experiência enquanto fazer relacionado com os ofícios;e, a ontologia, que considera o projeto em relação ao ser social, um produto do trabalho social objetivado que implica no processo de planejamento (consciência) no pôr teleológico (finalismo). Em suma: as duas condições sine qua non do projeto são a centralidade do trabalho social e o pôr teleológico, hoje balizados pela sustentabilidade ambiental. Na pesquisa são examinadas três questões-chave: 1ª. A do conhecimento da demanda e contexto sob o olhar interdisciplinar e intersubjetiva (programação participativa); 2ª. dos meios de realização (instrumentos, materiais, técnicas, etc.) em que se ressaltam o processo de projeto (método e heurística), a experiência (prática) e a representação (geometria); e, a 3ª. da proposição e sua representação. No processo de projeto, a pesquisa utiliza a interpretação hermenêutica de edificações existentes e, também, a Avaliação Pós-ocupação ? APO e Avaliação Pós-construção ? APC.
Integrantes:
Jaime Gonçalves de Almeida (coordenador)
Financiamento: Emenda Parlamentar da Câmara Legislativa do Distrito Federal - CLDF (2020 - 2021)
Resumo:
O NEHS, Núcleo de Estética, Hermenêutica e Semiótica da FAU/UnB reuniu-se em 2017 para definir o cerne de suas atuais preocupações, um ponto de convergência do que seus diversos membros estão fazendo e discernindo como relevante para a linha de pesquisa, a fim de nortear seus debates, suas dissertações, teses e publicações. Estudam-se diversas teorias da arte, confluindo para o tema ?arte, arquitetura e qualidade?. O cerne do cerne estava no fim: numa era em que, por toda parte, se trata de definir o qualificativo por quantificações, quer-se recuperar a qualidade. Partindo da dezena de categorias em Aristóteles e os quatro entendimentos diversos dele sobre a noção de qualidade, como é que houve tão violenta redução, de sete para quatro e daí uma? Como se pode pretender definir a qualidade por algo que não consegue abranger sua diferença específica? Como se configura a qualidade que diferencia a arte? Diferentes teorias são necessárias para discernir esse cerne. Tendo sido definido o belo por Kant como algo que se caracteriza por não ter uma finalidade embora pareça ter, a arquitetura se coloca de modo estratégico entre a arte e a qualidade para buscar o belo em uma arte que é feita em função de um programa de necessidades. Ela é, portanto, algo útil, ainda que não se confunda com um utensílio, embora já tenha sido assim entendida, por exemplo, quando definia a casa como máquina de morar. Caso se tomasse a rigor a definição kantiana, a arquitetura ficaria fora do sistema das artes, o que parece que não faria maior diferença para muitos dos seus profissionais, que a reduzem a espaço construído. A questão colocada pela arquitetura como algo útil não é só saber se ela é ou não uma arte, mas principalmente qual é a utilidade das demais artes, a que fins elas servem, quais são suas relações com a verdade, o poder e a ideologia. A redução do estudo da arquitetura a algo apenas técnico agrada à alienação dominante, numa era marcada pela apatia social e pelo perfil do governo. É mais fácil não pensar do que enfrentar questões para as quais não sem tem ainda uma resposta. No entanto, quando há inundações nas cidades porque seus riachos e rios foram canalizados e reduzidos a sarjetas, quando construções despencam dos morros e matam gente, quando cimento e asfalto cobrem todo o verde e um prédio se encosta no outro sem permitir a circulação do ar, a culpa não está apenas em maus administradores da coisa pública, pois eles tiveram a colaboração de arquitetos e urbanistas. Há algo errado nas escolas que os formam e deformam. Há substratos políticos e teológicos que deveriam ter sido debatidos e não foram. Há uma ingenuidade fundante na profissão: que tudo deve ser feito para o conforto do homem. A essa postura se contrapõe hoje a consciência crescente de que a raça humana é o maior perigo gerado pela natureza para a sua destruição. A contrapartida do progresso está sendo a morte do planeta. Os membros do grupo se caracterizam por se dedicarem também à criação artística, seja em pintura, desenho, ficção, projeto arquitetônico, design ou música. Isso faz com que tenham uma relação diferente dos filósofos em relação à arte. Não é uma relação fria, distante, que pretende resolver tudo mediante conceitos, aplicar ideias a obras. É uma relação íntima, vivenciada, que tanto sabe como é difícil realizar uma boa obra quanto não é fácil querer explicá-la. Isso significa também que o grupo admite obras artísticas como parte de sua produção. Elas não existem apesar da teoria nem em detrimento da teoria. Pelo contrário, elas propiciam que se possa teorizar desde dentro da vivência da criação e execução artística.
- Integrantes
- Flavio René Kothe (Coordenador)
- Erinaldo de oliveira sales
- Sergio rizo
- Anamaria Diniz
- Aline Stefânia Zim
- Claudia Afonso
- Júlio César Brasil
- Sonia Rejane Gomes de Azeredo Souza
- Carolina da Rocha Lima Borges
- Fernando Freitas Fuão
- Carlos Luciano Silva Coutinho
- Cláudia da Conceição Garcia
O ponto de partida desta pesquisa são as discussões em torno da atividade criadora das artes espaciais (arquitetura e visual-perfomática) voltadas para a dimensão política imanente ao seu processo criativo. Esse contexto é marcado pela tematização, por exemplo, da democratização da produção artístico-arquitetônica através de tecnologias digitais; do processo e relação entre dados (data) que dá origem a formas arquitetônicas via algoritmos generativos; da arte relacional entendida seja como formas alternativas de sociabilidade seja como exploração e exposição das contradições da cultura, dentre outras abordagens contemporâneas. Nosso objetivo é reunir variantes de compreensão da dimensão política da atividade criadora nas artes espaciais a partir de e questionando duas tradições ou tendências que amparam o processo criativo: a colaborativa e a generativa, atento às contaminações ou aproximações entre elas, bem com à superação de uma pela outra.
- Integrantes
- Miguel Gally De Andrade (Coordenador)
- Gabriel Daher Jardim
- Tiago Mendes Filgueiras
- Virginia Mafrinato
- Jorge de Oliveira
- Pedro Braule
- Financiamento
- Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (Bolsa de Pesquisa/Edital 02/2019 Promoção de Eventos)
- CAPES (Bolsa de Doutorado)
- Edital FINATEC/DGP-UnB 01/2019 (Auxílio)
O Projeto tem como finalidade o aprofundamento de pesquisa em torno de práticas e princípios estéticos, hermenêuticos e semióticos que determinam o grau de saúde psíquica individual e coletiva tanto dos cidadãos quanto das cidades, a partir de um diálogo entre Arquitetura, Filosofia e áreas afins.
- Integrantes
- Carlos Luciano Silva Coutinho (Coordenador)
- Claudia Afonso
- Júlia Santos Gollino
- Laila Mendonça Pessoa de Melo
- Jessica Schmitt Pereira
- Carolina Silva de Albergaria
- Eurípedes Afonso da Silva Neto
Resumo:
Dispersão urbana e empresas urbanizadoras: uma abordagem teórica e histórica sobre o urbanismo das cidades novas.
Integrantes:
Carolina Pescatori Candido da Silva (coordenador)
Financiamento: DPI/UnB; CNPq (PIBIC)
Resumo:
Este projeto de pesquisa deriva de nosso interesse primordial pelas expressões populares no espaço público e seus sentidos porosos (Carvalho, 2020) e instáveis nas cidades. Se por um lado políticas urbanísticas nos alertam para as agruras das populações subalternizadas e da vida urbana sem enraizamento provocada pro remoções e supressões de toda ordem, percebemos uma porção irredutível que faz vibrar um espaço imaginado mas perceptível, e que remete a usos imprevistos conferido aos lugares, ao movimento promovido por formas coletivas de apropriação dos espaços urbanos públicos e coletivos. Assim, a rua (metonímia para o espaço praticado) se converte em objeto de conhecimento e, assim, possível de ser alçada à dimensão política. No presente projeto indagamos sobre as culturas de ruas - em eventos cotidianos ou extraordinários - em espaços urbanos que, historicamente, foram ocupados sobretudo por populações negras. A partir desse foco de abordagem, a pesquisa tem como casos empíricos ruas, encruzilhadas, mercados, eventos, terreiros, sem topos privilegiado a priori, o nosso intuito é acompanhar expressões coletivas potencialmente capazes de contrastar ao que entendemos por projetos urbanísticos dirigidos a minorias (Barreira, 2013). Mais do que entender e que podem ser elementos perturbadores e desestabilizadores de um urbanismo estratégico e centralizados, caracterizado por alguns autores como de aspecto biopolítico (Secchi, 2014). Nossa pesquisa contempla os processos de pacificação em diversos níveis, as remoções causadas por empreendimentos de governos associados ao capital, o que exige pensar em operações pautadas no controle de fluxos e movimentos. Pensamos que esta investigação tende a contribuir para aguçar as referências conceituais que dispomos em arquitetura e urbanismo para entender fenômenos da cidade contemporânea e para abordar, por outras vias, as versões hegemônicas da vida urbana, constantemente desafiadas por estes praticantes de um espaço potencial, imaginado na luta cotidiana das coletividades aqui consideradas.
Integrantes:
Carlos Henrique Magalhães de Lima (coordenador)
Financiamento: não
Resumo:
Esta pesquisa propõe explorar como estes princípios de projeto e planejamento são preparados para as complexidades territoriais imanentes que podem ajudar a moldar, dirigir e preparar para a cidade contemporânea do século XXI. O século XX testemunhou uma gama ambiciosa de projetos de planejamento para novas capitais de cidades ao redor do mundo. Embora esses projetos fossem motivados por condições políticas, econômicas e geográficas muito diferentes, muitos deles compartilhavam um entusiasmo pela paisagem como entendimento da urbe. Este estudo propõe uma investigação interdisciplinar e plurianual sobre as reivindicações históricas, o status atual e o potencial futuro dessas capitais modernas, através de sua reconsideração, como os primeiros exemplos de princípios de planejamento e da arquitetura da paisagem. Essa consideração revisita a nova capital nas escalas geográficas e territoriais, bem como as escalas arquitetônicas e paisagísticas. Ao iniciar os estudos por Brasília, primeira capital moderna a ser tombada em 1987 pela UNESCO, pretende-se analisar comparativamente esses modernos projetos de planejamento da metade do século e o uso da paisagem como principal meio de expressão política e espacial. Esta pesquisa é um desdobramento da pesquisa em andamento“Landscapesof Power: ReconsideringtheLandscapeUrbanismofTwentiethCentury Capital Cities” pelo grupo de pesquisa “Paisagem, Projeto e Planejamento – Labeurbe” (CNPq/UnB) em parceria com laboratório Office for Urbanization (OFU) da Harvard GraduateSchoolof Design Cambridge, EUA
Integrantes:
Luciana Saboia Fonseca Cruz (coordenador)
Financiamento: CNPQ – PQ2
Resumo:
Esta pesquisa analisa dinâmicas de urbanização e formação do território da metrópole brasiliense considerando as interações conflituosas entre planos urbanos, políticas regionais e a atuação de agentes diversos envolvidos na produção e apropriação daqueles espaços. Considera-se que a relação centro-periferia é chave interpretativa fundamental para análise da formação de nossas cidades, no entanto, cabe indagar sobre limites e potencialidades dessa categoria analítica. Esse será um foco comum das investigações a serem desenvolvidas nesta pesquisa a respeito da formação urbana e territorial de Brasília. Os recortes espaço-temporais abarcados pela pesquisa serão variados, buscando-se o cruzamento de fontes de naturezas também diversas, num diálogo teórico e metodológico com outras áreas do conhecimento. A intenção é enfatizar não apenas a dimensão urbanística de produção dos espaços, mas também os modos pelos quais práticas e representações sociais contribuem para moldá-los e atribuem-lhes específicos significados. O projeto de pesquisa envolve indagar sobre a circulação internacional de ideias em planejamento urbano e regional e sobre o modo como dinâmicas centro-periferia se configuraram em outras capitais, sobretudo aquelas criadas ex-novo.
Integrantes:
Maria Fernanda Derntl (Coordenadora)
Alunos de graduação:
Eduardo Ancrin de Oliveira
Paulo Henrique Honorato Siqueira
Alunos de pós-graduação:
Luciana Jobim Navarro
Laila Beatriz da Rocha Loddi
Catia dos Santos Conserva
Egressos:
Daniela Pereira Barbosa
José Gomes Nascimento
Renata Almendra
Outros pesquisadores nacionais:
Viviane Ceballos
Pesquisadores internacionais:
Alan Mabin
Andrew Guinn
Pós-doutorado (desenvolvido pelo coordenador):
TUDelf
Financiamento:
FAP-DF, DPI-UnB, Capes e CNPq.Em 2018 foi contemplado com bolsa produtividade do CNPq – nível 2
Resumo:
Ao considerar Atlas de Cidades Novas no Brasil Republicano um projeto de longo prazo, pretende-se com a presente pesquisa dar prosseguimento à coletânea de exemplares da tipologia Cidades Novas, tendo como referência o Brasil Republicano (1889-2018). Especificamente nesse estágio, busca-se dedicar atenção a estudos sobre políticas, infraestruturas e cidades novas elaboradas e implementadas no centro-norte brasileiro durante o regime militar (1964-1985). Como marcos delimitadores selecionou-se a Operação Amazônia, de 1966, com suas ações e diretrizes voltadas à Amazônia Legal, e os Programas Especiais de desenvolvimento regional e integração territorial do II Programa Nacional de Desenvolvimento (II PND), encerrado em 1979. Estas ações governamentais, articuladas com iniciativas do capital privado, foram responsáveis pelo tensionamento das fronteiras econômicas e pela expansão de zonas pioneiras de colonização nas Regiões Norte e Centro-Oeste do país. Ao garantir aporte infraestrutural (rodovias, ferrovias, hidrelétricas, redes de comunicação e de energia, barragens, portos secos etc.), delimitar novas áreas minero-extrativistas e promover atividades agropecuárias, o governo militarizado, aparelhado e tecnicista, com empreendedores privados a reboque, foi responsável por processos de ocupação e urbanização do território, modificando paisagens seculares nos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, Tocantins, Pará e Amazônia. Com efeito, a presença de colônias agrícolas, de núcleos intencionalmente criados e profissionalmente projetados e de novas redes urbanas correspondem à materialização derradeira deste processo. Uma dinâmica que movimentou grande contingente populacional, com ondas migratórias do Nordeste e Sul do país, alterando lógicas socioculturais preexistentes e instaurando novos modos de habitar. Cidades novas que surgiram e substituíram a vida no campo, a vida rural, por um morar urbano. Cidades que ao serem identificadas serão analisadas, catalogadas em fichas para o site Atlas de Cidades Novas e promovidas em verbetes da plataforma Cronologia do Pensamento Urbanístico.
Integrantes:
Ricardo Trevisan
Financiamento: aguardando
Resumo:
Pesquisa sobre a Organización Interamericana de Cooperación Interminicipal (OICI), criada em La Habana em 1938 no contexto político e cultural do pan-americanismo, e as discussões sobre Urbanismo e Planejamento Urbano-Regional no âmbito do pensamento municipalista interamericano e ibero-americano. Analisar as ideias e proposições formuladas para as cidades latinoamericanas e suas relações com as cidades do países ibéricos e com o pensamento urbanístico ibero-americano, em especial a Espanha, em função da articulação da OICI com o Instituto de Estudios de Administración Local criado em Madrid no ano de 1940. Essa pesquisa reforça o interesse na articulação com o debate no Brasil, a partir do estudo em desenvolvimento sobre a ABM e o IBAM e em especial a atuação profissional de Antonio Delorenzo Neto, jurista de formação, teve relevante atuação no campo do planejamento urbano e regional no Brasil e Iberoamérica. Bolsa de Produtividade PQ-2. A pesquisa está vinculada ao grupo de Pesquisa Cultura, Arquitetura e Cidade na América Latina (CACAL-USP/CNpQ) e à Maestría en Estudios Urbanos y de la Vivienda en América Latina (MEUVAL) de la Faculdad de Arquitectura, Diseño y Urbanismo de la Universidad de Buenos Aires.
Integrantes:
Rodrigo Santos de Faria
Financiamento: CNPq
Resumo:
Brasília é um contexto muito particular, seja na criação da cidade, seja na sua importância política. No entanto, o papel da mulher arquiteta se dilui na predominância de ícones masculinos da arquitetura moderna. Porém, o debate sobre a questão de gênero na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília ressurgiu fortemente por volta de 2013-14, tanto nos corredores, como espaços virtuais. Foi um movimento espontâneo, assim como tantos outros que implodiram no Brasil na mesma época. As discussões se multiplicaram e elevaram o tom, resultando na articulação de vários coletivos com perspectivas e olhares distintos, mas todos com o viés de gênero. Diante deste contexto, entendemos que era imperativo compreender o a nossa história e recontá-la sob um novo olhar. A pesquisa [Arquitetura (re)vista - pesquisa feminista] se insere na linha de pesquisa de História e Teoria da Arquitetura (THC) buscando recontar a história sob novos pontos de vista. [Leituras Feminista] é um projeto realizado pelo - Observatório de estudos feministas em Arquitetura e Urbanismo ?Amar.é.linha? com apoio do Coletivo Arquitetas Invisíveis. O projeto tem como intuito fomentar o debate do feminismo dentro da arquitetura e urbanismo através de leituras e seminários de discussão. Este trabalho é parte de esforço coletivo para resenhar material sobre arquitetura e feminismo com livros, dissertações e teses em português e inglês e espanhol. O trabalho busca difundir o conhecimento, com as perspectivas de pesquisa e diálogos que vai proporcionar nos estudos sobre feminismo e gênero no campo da arquitetura e urbanismo. Ao fim desse primeiro ciclo será criada uma plataforma de compartilhamento do material desenvolvido visando democratizar e a facilitar o acesso aos conteúdos feministas sobre arquitetura disponível em português. A pesquisa é vinculada ao projeto de Educação e Popularização de C & T - Observatório de estudos feministas em Arquitetura e Urbanismo ?Amar.é.linha?< https://www.instagram.com/amarelinhaobservatorio/ que além da pesquisa, possui um caráter lúdico, propondo um lugar plural, para as mulheres e suas resistências.
Integrantes:
Maribel Del Carmen Aliaga Fuentes (Coordenadora)
Carolina Pescatori
Luiza Dias Coelho
Mayara Tabosa
Alyssa Volpini
Caroline Rodrigues Alves
Jéssica Naomi Futema
Júlia Moraes de Lima
Sofia Bessa Tavares
Millena Fernanda Bedin
Jane Letícia de Oliveira
Andréa Magalhães Viana
Bárbara Boy
Amanda Finatto Dal Molin
Lorena da Silva Figueiredo
Valentina Moura
Estela Levino Hirakuri.
Aline dos Santos Silva
Financiamento:
Universidade de Brasília - Auxílio financeiro
Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos - Auxílio financeiro.
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