Narrar por paisagens, reconhecer margens: Novas capitais, Brasília e a questão do vazio
Resumo:
Neste estudo, coloca-se em proposição compreender o urbanismo contemporâneo pelo vazio não-edificado da paisagem projetada, construída e vivenciada em projetos de novas capitais na primeira metade do século XX. Se a condição urbana produz espaços outros, paisagens dispersas e fragmentadas, não seria pertinente retomar a problematização do projeto enquanto prática sociopolítica com potencial de transformação e melhoria da qualidade de vida desses territórios considerados à margem? Outras leituras sobre Canberra na Austrália (1912), Ankara na Turquia (1923), Chandigarh (1947) na Índia, Brasília (1957) no Brasil, Islamabad no Paquistão (1959), Abuja na Nigéria (1974) podem revelar tramas narrativas que discutem sua incompletude, táticas e percepções contidas nas sucessivas configurações do projeto e planejamento em permanente construção. Ao relacionar estudos interdisciplinares à analise dos primeiros exemplos de princípios de planejamento e da arquitetura da paisagem, objetiva-se discutir, por meio de mapeamento e modelagem, projeções e protótipos, os instrumentos de planejamento de políticas públicas territoriais no intuito de alcançar a equidade social e um futuro ecologicamente sustentável.
Integrantes:
Luciana Saboia Fonseca Cruz (coordenadora)
Amanda Mendonca Gomes Nogueira
Ana Clara Carvalho correia Cavalcante
Bruna Leite Lopes
Celma do Carmo de Souza Pinto
Jessica Sousa Duarte
Leila Saads Pereira Martins
Leonardo Nobrega Queiroz de Paiva
Luca Augusto Correa
Financiamento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - Bolsa Produtividade PQ2 / BOLSA de Iniciação Científica - PIBIC/CNPQ - Bolsa /