Projeto de pesquisa

Resumo:

A escala residencial de Brasília é um mosaico. Apesar da aparente homogeneidade morfológica entre as superquadras, a liberdade na concepção e implantação, desde que mantidos os princípios gerias definidos por Lucio Costa – gabarito uniforme de até seis pavimentos, pilotis livres, separação entre o trânsito de pedestres e de veículos, entrada única e cinturão verde de 20 metros em todo o seu perímetro-, gerou heterogeneidade. É comum a repetição de projetos dos blocos residenciais em diferentes superquadras, no entanto a disposição desses volumes e os espaços públicos resultantes de sua implantação variam enormemente. Assim, esta pesquisa estudar as distinções morfológicas existentes entre as superquadras, as formas de uso e de apropriação dos seus espaços livres públicos e, por fim, os significados atribuídos a unidade de vizinhança pelos seus usuários (moradores, trabalhadores e visitantes). Em sua primeira etapa, serão levantadas quatro unidades de vizinhança (16 superquadras), distribuídas entre as asa Norte e Sul. São elas: SQS 107, SQS 108, SQS 307 e SQS 308, SQN 205, SQN 206, SQN 405 e SQN 406, SQS 213, SQS 214, SQS 413 e SQS 414, SQN 111, SQN 112, SQN 311 e SQN 312. Acredita-se que, com isso, a pesquisa poderá trazer subsídios para se defender que as diversas formas de uso e manifestação de vitalidade das superquadras são parte integrante do patrimônio imaterial de Brasília, e como tal, devem ser inventariadas no sentido de registrar esse mosaico tão típico da cidade.

Integrantes: 

Flaviana Barreto Lira (coordenador)

Financiamento: não