Linha de Pesquisa CONFIGURAÇÃO URBANA, APROPRIAÇÃO E PARTICIPAÇÃO SOCIAL

Conhecimento analítico, interdisciplinar e propositivo do espaço e da forma, da cidade, paisagem e infraestrutura nas múltiplas escalas. Configuração, revitalização e reabilitação do espaço público. Planos, processos, padrões e projetos participativos.

28 de Maio de 2021

Atualização de resultados de pesquisas anteriores, e verificação de hipóteses nelas lançadas, com os dados do Censo de 2010, cujos resultados saíram mais atrasados do que havia sido previsto. Desenvolvimento dos estudos morfológicos, já iniciados na fase final da presente etapa, da Área Metropolitana de Brasília (AMB) (ainda sem existência formal, mas em estudo pela CODEPLAN) e da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE-DF). Aprofundamento de questões relacionadas ao núcleo sede da RIDE — o município de Brasília — com relação à preservação do patrimô-nio arquitetônico, à ampliação do direito à cidade no que pode estar relacionado à sua arquitetura, às graves questões de mobilidade relacionadas à configuração da malha viá-ria etc. Realização de estudos comparativos intermetropolitanos, utilizando-se dados recém-publicados na série de livros sobre metrópoles brasileiras, pelo Observatório das Metrópoles. Fortalecimento de redes de pesquisa, tanto do nosso vínculo com o Obser-vatório das Metrópoles, como com outras instituições, p.ex., a Universidade Técnica de Lisboa, outros laboratórios do Brasil que lidam com configuração edilício-urbana (p.ex., nas IFES UFPA, UFC, UFRN, UFPB, UFPE, UFF, UFSC, UFRGS) etc. Divulgação dos resultados mediante páginas na internet, grupos de discussão, e várias modalidades de publicação impressa (artigos em periódicos, trabalhos completos em anais, capítulos de livros, livros, artigos de divulgação científica etc.). Formação de recursos humanos: tenho 4 orientações de mestrado e 4 orientações de doutorado em andamento, todas como orientador principal.

Integrantes
Frederico Rosa Borges de Holanda (Coordenador)
Gabriela de Souza Tenório
Andrea Mendonça de Moura
Valério Augusto Soares de Medeiros
RIBEIRO, Rômulo José Costa
Matías Ocaranza
Larissa Caroline Silva Jordão
Leandro Rodrigues e Silva
Flavio Ferraz
Bruna da Cunha Kronenberger
Raphael Sebba Daher Fleury Curado
Ivan Oliveira de Grande
Leonardo Neder de Faro Freire
Thalyta Fernandes Ferreira
Jose Mario Pacheco Junior
Thaís Corrêa Cabral
Financiamento
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - Bolsa.

O objetivo geral desta pesquisa é compreender as relações entre práticas socioculturais e a lógica de apropriação dos espaços domésticos na arquitetura brasileira do século XX, indo além de aspectos estilísticos e plásticos dos edifícios. Utiliza-se o arcabouço teórico metodológico da Sintaxe espacial para estudar a relação entre o espaço e sociedade mediante a representação e quantificação da configuração espacial, entendida como um sistema de permeabilidades e barreiras (áreas acessíveis ou não ao nosso movimento) e de opacidades e transparências (aquilo que é ou não facultado à nossa visão). Entende-se que os padrões espaciais carregam em si informação e conteúdo social e que, portanto, diferentes tipos de reprodução social requerem diferentes tipos de estrutura espacial. O objeto de estudo desta pesquisa é a produção arquitetônica residencial brasileira do século XX, em uma perspectiva diacrônica de análise. O “habitar” é um fenômeno complexo ao trazer consigo uma riqueza de elementos sociais e simbólicos. Entretanto, essas informações geralmente passam despercebidas pelos ocupantes (e mesmo nas pesquisas arquitetônicas) pela sua trivialidade cotidiana, mas cujo estudo aprofundado pode revelar padrões espaciais complexos, com relações de continuidade e mudança impressos na caixa edilícia e na configuração espacial da habitação e do seu entorno. Este trabalho justifica-se, portanto, na inserção desse olhar espacial à literatura da história da arquitetura brasileira e por trazer o viés crítico sobre os modos de como moramos e como projetamos nossas habitações.

Integrantes
Ana Paula Campos Gurgel (Coordenadora)
Tamires de Oliveira Cabral
Financiamento
Não

Resumo:

O projeto de investigação parte dos achados de “Urbis Brasiliae” (MEDEIROS, 2013) e compreende investigação configuracional de assentamentos urbanos segundo análise comparada de cidades lusófonas da Europa, América, África e Ásia. Há intenção em: (a) fortalecer aspectos explorados apenas preliminarmente em Urbis (discussão dos legados urbanos no Brasil, em suas variadas frentes), (b) avançar para pontos então não considerados (inserindo novas variáveis configuracionais) e (c) ampliar a investigação, incorporando cidades lusófonas ao redor do mundo. Procura-se contribuir para a conjugação de esforços para uma melhor compreensão morfológica da cidade oriunda de uma matriz portuguesa e analisar feições configuracionais – aplicando instrumentos de leitura e representação do espaço, por meio da Teoria da Lógica Social do Espaço (Sintaxe Espacial), e recursos de geoprocessamento – de modo a identificar, se existente, uma tipologia urbana nos assentamentos de origem lusófona. Pretende-se, complementarmente, avançar na discussão conceitual, metodológica e instrumental da Sintaxe do Espaço, consoante análises fundeadas em vasta evidência empírica. Discussões sobre (1) o savoir faire urbano português; (2) a consolidação da rede urbana ultramarina portuguesa; (3) os processos de expansão das cidades lusófonas; e (4) a forma-espaço destas cidades são subjacentes ao tema.

Integrantes:

VALÉRIO AUGUSTO SOARES DE MEDEIROS (coordenador)

Financiamento: CNPQ, FAP/DF

Resumo:

O projeto de pesquisa contempla os direitos constitucionais à moradia e à cidade no âmbito da Habitação de Interesse Social (HIS), por meio da realização de estudos e ações de caráter interdisciplinar, intersetorial e interinstitucional. Propõe-se atuar em prol da população que vive em situação de vulnerabilidade social, expostas a condições de precariedade e insalubridade, potencializadas com a pandemia da COVID-19. Em face do modelo de urbanização excludente que caracteriza os tecidos urbanos, do estrangulamento de infraestruturas e da degradação ambiental, serão realizadas investigações, reflexões e compartilhamento de conhecimentos para o aprimoramento das condições do habitar para essa população. Nesse sentido, o foco da presente proposta é o “Habitar de Origem Social”, prevendo-se a atuação em ensino, pesquisa e extensão em dois grande eixos: (i) o desempenho das soluções habitacionais; (ii) assessoria para qualificação do habitar.

Integrantes:

CRISTIANE GUINANCIO (coordenador)

Financiamento: não